Apesar dos diferentes tipos de relacionamentos românticos que são afetados pelo transtorno de personalidade borderline, o casamento é o que causa mais problemas.
Viver com alguém que tem transtorno de personalidade borderline gera confusão e ansiedade.
Muitas vezes, também leva à rupturas nas relações pessoais e até mesmo problemas para manter o emprego e, consequentemente, problemas financeiros.
Pior ainda quando um ou ambos os parceiros têm o transtorno.
É possível ter um casamento saudável?
Sim, é possível. Alguém viver com borderline não significa que não possa estabelecer relacionamentos estáveis e saudáveis.
As pessoas, em geral, não entendem por que alguém quer permanecer em um casamento com alguém diagnosticado borderline.
A vida já é complicada e dura demais, e se adicionar a imprevisibilidade do comportamento de seu parceiro, fica ainda pior.
Porém, embora o relacionamento romântico com alguém com borderline seja, em uma palavra, tempestuoso, ele também pode ser excepcionalmente atencioso, compassivo e afetuoso.
Sofrer de transtorno de personalidade borderline não significa ser uma pessoa má.
O casamento sempre será um desafio significativo para quem tem borderline. Mas, esse desafio pode ser gerenciado, geralmente com suporte profissional.
Ter borderline não é um determinante para a falta de amor ou relacionamentos tóxicos.
Gerenciar os gatilhos é a chave
Fazer um esforço para entender o que o borderline está experimentando, e de onde vêm esses sentimentos ajuda a evitar episódios desencadeantes.
Os gatilhos podem ser desencadeados:
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Pelo relacionamento
Onde o borderline faz com que alguém reaja aos eventos que o fazem se sentir mal. Um exemplo pode ser o cônjuge que planeja uma noite com os amigos e não convida o borderline.
Embora provavelmente pareça razoável que ele não seja convidado por padrão, isso causará uma série sentimentos de rejeição, gerando um furacão emocional.
Por aspectos cognitivos
Quando a superanálise interna de sentimentos ou palavras causam uma espiral.
Embora pareça que o borderline tenha uma imaginação hiperativa ou esteja sendo excessivamente dramático, a crise é uma reação baseada em memórias ou imagens de eventos passados, que é muito real para ele.
O gerenciamento bem-sucedido dos gatilhos requer um trabalho de ambos os cônjuges.
A comunicação durante momentos mais calmos é útil para identificar o que causa os sentimentos ou pensamentos geradoras de crises.
Além disso, a combinação de terapia de casal e medicação para o borderline oferecem mais possibilidades de um bom convívio.
Você e seu parceiro podem buscar orientação de um Psicólogo para identificar as possibilidade de mudanças positivas.
Como lidar com o borderline?
Dicas que ajudam a lidar com um cônjuge borderline incluem:
- Frequentar terapia de casal juntos;
- Apoiar e encorajar o desejo do borderline em buscar tratamento;
- Aprender mais sobre os sintomas e comportamentos do borderline;
- Oferecer apoio e paciência durante as crises emocionais;
- Manter a calma durante as discussões;
- Estabelecer e explicar os limites para prevenir comportamentos tóxicos;
- Reservar tempo para o autocuidado e as atividades que lhe trazem alegria;
Palavras finais
Quando seu cônjuge vive com transtorno de personalidade borderline, o casamento se encontrará em um constante ciclo de altos e baixos.
Lembre-se que seu parceiro não está deliberadamente tentando machucar você ou o casamento. Frequentemente, ele é muito crítico internamente, culpando a si mesmo e não a você.
Embora o casamento possa ser desafiador quando um ou ambos os parceiros têm borderline, vínculos saudáveis ainda são possíveis.
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