Quando um paciente inicia um processo de terapia com um Psicólogo, é esperado que haja uma relação de confiança e respeito mútuo.
No entanto, em certas situações, ocorre do Psicólogo decidir não querer mais atender determinado paciente.
Embora essa decisão pareça surpreendente ou até mesmo injusta para o paciente, existem algumas razões justificadas que podem levar a esse desfecho.
Para ser claro, é incomum que um Psicólogo não queira mais atender um paciente.
No entanto, cada caso e cada paciente são diferentes, mas normalmente a desistência tem a ver com comportamentos e problemas comuns que levam a um rompimento.
Veja alguns motivos:
Falta de afinidade terapêutica
A aliança terapêutica entre o Psicólogo e o paciente é um fator essencial para o sucesso do tratamento.
Em alguns casos, pode ocorrer uma falta de afinidade entre os dois, onde a dinâmica não se mostra produtiva ou benéfica.
Essa falta de afinidade é resultado de diferenças de personalidade, valores ou abordagens terapêuticas.
Quando essa incompatibilidade compromete a qualidade do atendimento, o Psicólogo pode decidir não querer mais atender o paciente e encaminhá-lo para outro profissional.
Nenhum progresso está acontecendo
O objetivo da terapia é promover o crescimento e o desenvolvimento pessoal do paciente. No entanto, em alguns casos, ocorre uma estagnação ou falta de progresso significativo.
Se o Psicólogo perceber que, mesmo após um período adequado de tempo e esforço, o paciente não está apresentando melhoras ou não está disposto a explorar novas abordagens, ele pode interromper o atendimento.
Essa decisão é tomada com base na avaliação profissional do Psicólogo sobre a eficácia do tratamento.
Desresponsabilização pelos próprios problemas
Assumir a responsabilidade, pelo menos em algum nível, por coisas com as quais se está lutando é crucial.
As pessoas que culpam tudo e todos ao seu redor são aquelas a quem o Psicólogo não vai mais querer atender, dizendo que a terapia não será capaz de ajudá-las.
Incompreensão sobre o objetivo da terapia
Alguns pacientes ficam frustrados com a terapia, e isso levará a uma separação iniciada pelo Psicólogo.
Ele não está lá para validar a opinião negativa sobre outras pessoas. O Psicólogo estão lá para ajudar o paciente a entender por que está em um relacionamento, e se deseja de fato estar nele.
Falta de comprometimento
Um dos aspectos fundamentais da terapia é o comprometimento do paciente em participar ativamente do processo.
Isso inclui comparecer às sessões regularmente, seguir as orientações do psicólogo e trabalhar de forma colaborativa para alcançar os objetivos terapêuticos.
Se o paciente demonstrar falta de comprometimento, como faltar frequentemente às sessões sem justificativa válida, não realizar as tarefas propostas ou não mostrar interesse em progredir, o psicólogo pode considerar que a continuidade do atendimento não é benéfica para ambas as partes.
O paciente cancela muitas sessões
Problemas surgem na vida e atrapalham o andamento da terapia, e o Psicólogo entende isso. Mas se você está regularmente cancelando compromissos, ou mesmo ignorando completamente o seu Psicólogo, então ele vai encerrar os atendimentos.
Ele não quer que o paciente continue indo à terapia e tomando apenas “meia dose do tratamento recomendado”.
É como tomar meia dose de medicamento, e isso não vai funcionar.
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Comportamento inadequado
A segurança do paciente e do Psicólogo são uma prioridade durante o processo terapêutico.
Se o paciente apresentar comportamentos agressivos, violentos ou ameaçadores, seja verbalmente ou fisicamente, o Psicólogo pode considerar que não é mais seguro ou adequado continuar o atendimento.
Nesses casos, é importante garantir a segurança de todos os envolvidos e buscar alternativas de suporte e cuidado para o paciente.
Conflito de interesses profissionais
Por fim, outro motivo que leva um Psicólogo a não querer mais atender um paciente é a existência de um conflito de interesses profissionais. Isso ocorre quando o Psicólogo possui algum tipo de relação pessoal ou profissional que comprometa sua imparcialidade ou prejudique a qualidade do atendimento.
Aqui, o Psicólogo pode optar por encaminhar o paciente para outro profissional.
O que o paciente pode fazer?
Se você se encontrar nessa situação, é essencial buscar alternativas para continuar seu processo de cuidado mental. Aqui estão cinco opções a considerar:
Procurar outro psicólogo
Uma das primeiras alternativas a considerar é procurar outro Psicólogo. Cada um tem sua própria abordagem e estilo de trabalho, e pode ser que você encontre alguém que se encaixe melhor com suas necessidades e expectativas.
Pesquise profissionais na sua área, leia sobre suas especialidades e entre em contato para agendar uma consulta inicial.
Buscar terapia em grupo
A terapia em grupo é uma opção válida para continuar seu processo terapêutico.
Ele oferece uma oportunidade para compartilhar experiências, receber suporte de pessoas que passam por situações semelhantes e aprender com as perspectivas de outras pessoas.
Considerar a terapia online
A terapia online tem se tornado cada vez mais popular e acessível. Se você não conseguir encontrar um Psicólogo presencial que atenda às suas necessidades, a terapia online é uma alternativa viável.
Existem várias plataformas seguras e confiáveis que oferecem sessões com profissionais qualificados. Certifique-se de escolher uma plataforma que atenda aos seus critérios e que seja compatível com suas preferências.
Explorar outras abordagens
Existem várias abordagens disponíveis, e pode ser que uma outra modalidade se adeque melhor às suas necessidades.
Por exemplo, se você estava fazendo terapia cognitivo-comportamental, pode considerar explorar a terapia psicodinâmica ou a gestalt terapia.
Pesquise sobre diferentes abordagens e converse com profissionais qualificados para encontrar a melhor opção para você.
Utilizar recursos de autocuidado
Enquanto busca uma nova alternativa, não negligencie seu autocuidado.
Existem várias práticas que ajudam a promover seu bem-estar mental, como exercícios físicos, meditação, yoga, hobbies e outras atividades que trazem alegria e relaxamento.
O autocuidado é uma parte essencial do processo de cuidar da sua saúde mental.
Palavras finais
É importante ressaltar que a decisão de interromper o atendimento de um paciente não é tomada de forma leviana.
Os Psicólogos são orientados por códigos de ética profissional que estabelecem diretrizes claras para o cuidado e o respeito aos pacientes.
A interrupção do atendimento é uma medida extrema, tomada apenas quando todas as outras alternativas foram esgotadas e quando é considerado o melhor interesse do paciente e do próprio Psicólogo.
Em resumo, embora seja raro, há situações em que um Psicólogo decide não querer mais atender um paciente baseado em razões justificadas.
É importante que o paciente entenda que essa decisão é tomada visando o bem-estar de ambas as partes e que existem alternativas e outros profissionais disponíveis para continuar o processo terapêutico.
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