Um Psicólogo pode se recusar a atender um paciente caso acredite razoavelmente que não será capaz de fornecer um serviço de qualidade, seguro e que esteja de acordo com os padrões profissionais.
Sendo assim, se um Psicólogo não puder tratar você, ele precisa encaminhá-lo para outro profissional capacitado, de modo a oferecer o cuidado e o apoio de que precisa.
Falta de experiência
Um Psicólogo precisa se recusar a tratar alguém caso o problema esteja fora do seu escopo de prática.
Por exemplo, se o paciente precisa de ajuda para se recuperar de um transtorno alimentar, e o Psicólogo não tiver treinamento em como tratar transtornos alimentares, ele precisará encaminhá-lo para outro profissional da área.
Conflito de interesses
Um conflito de interesses ocorre quando o Psicólogo tem um relacionamento ou situação pessoal que afeta seu julgamento e experiência durante o tratamento.
Por exemplo, ser amigo da família do paciente, o que significa que ele não será objetivo quando o paciente mencionar essas pessoas nas sessões de terapia.
Se houver um conflito de interesses durante a consulta, ele deverá encaminhar o paciente para outro profissional.
Isto lhe permitirá manter a objetividade e proteger a privacidade das pessoas envolvidas.
Modalidade inadequada de atendimento
Um Psicólogo que atende online deve encaminhar um paciente para a terapia presencial se acreditar que ele se beneficiará mais com sessões presenciais, ou se não tiver a tecnologia apropriada para garantir a segurança e privacidade.
Duplo relacionamento
Um duplo relacionamento é quando o paciente tem uma relação de amizade ou comercial com o Psicólogo enquanto está fazendo terapia. Isso também se aplica ao oposto.
O Psicólogo nunca deve se oferecer para se tornar amigo, amante ou parceiro de negócios de seu paciente.
Um bom Psicólogo sempre evitará o duplo relacionamento, especialmente quando já houver um relacionamento não profissional pré-existente.
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Embora pareça uma boa ideia que seu amigo Psicólogo te atenda, questões de privacidade e interpessoais impedirão que uma adequada aliança terapêutica se estabeleça.
O Psicólogo também precisa evitar entrar em relacionamentos de qualquer tipo com um ex-paciente.
Afinal, ambos compartilham um vínculo único e que será prejudicial caso estabeleçam outro tipo de relacionamento.
Embora a ética profissional varie neste tópico, a maioria dos Psicólogos evitam qualquer relacionamento, seja de amizade, romance ou negócios, com um ex-paciente.
Condições financeiras
Um Psicólogo pode se recusar a atender um paciente caso:
- Não aceite o plano de saúde do paciente;
- Ele não possa pagar ou discorde do valor cobrado pelo Psicólogo;
- O Psicólogo não trabalhe com valor social.
Caso o paciente não possa pagar integralmente o preço de uma sessão, ele pode perguntar sobre a possibilidade de sessões mais curtas e com preços menores, ou encontros menos frequentes, como a cada duas semanas ou a cada mês.
O que acontece?
Se a relação terapêutica não estiver adequada, o Psicólogo tem o dever ético de realizar o apropriado encaminhamento.
Embora nem sempre diga a natureza do problema, é importante informar se existem conflitos de interesses, algo como: “Identifiquei um conflito de interesses e não poderei atendê-lo, mas consigo fornecer algumas alternativas”.
Um bom Psicólogo deve ser transparente sobre o que pode ou não tratar. Ele tem de identificar, e agir sobre, potenciais conflitos que atrapalham sua capacidade de ser objetivo.
Palavras finais
Se você se sente pessoalmente rejeitado por um Psicólogo é porque existem bons motivos pelos quais ele não será capaz de aceitá-lo como paciente.
Saiba apenas que um Psicólogo que se recusa a atendê-lo tem os melhores interesses em mente, bem como será capaz de fornecer encaminhamento para alguém mais adequado.
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