Uma pergunta comum no final do ano, quando a maioria das pessoas entra em recesso, é: “Posso dar um presente para o meu Psicólogo. Talvez um presente de Natal ou apenas um cartão?”
Por um lado, o código de ética profissional do Psicólogo veda algumas condutas coercitivas. O Art. 2º cita que é vedado ao Psicólogo, dentre outras coisas:
“o) Pleitear ou receber comissões, empréstimos, doações ou vantagens outras de qualquer espécie, além dos honorários contratados, assim como intermediar transações financeiras;”
Isto significa que o Psicólogo não pode se beneficiar de sua posição para induzir o recebimento de gratificações para além do que foi oficialmente acordado entre você e ele. Mas veja bem: induzir.
Postura profissional
Por outro lado, geralmente os Psicólogos procuram manter uma relação profissional entre o paciente e eles próprios, apesar do material emocional frequentemente discutido em terapia.
Quanto mais a abordagem utilizada se entrelaça entre a imagem de “profissional” e “amigo pago”, mais complicado se torna o relacionamento.
Portanto, a maioria dos Psicólogos procurará manter essa postura, o que eles chamam de limite, bem clara, definida e compreendida por ambas as partes. E não, seu psicólogo não pode ser seu amigo,
Alguns Psicólogos falarão sobre o assunto de forma proativa, permitindo que cada cliente saiba com antecedência qual é sua política em relação a presentes e cartões.
Outros Psicólogos não pensarão em falar sobre o assunto, especialmente com pacientes mais antigos que já atendem a mais de um ano.
Se você não tiver certeza se seu Psicólogo está aberto ou se pode receber presentes de seus clientes, simplesmente pergunte: “Você aceita presentes de seus pacientes?”
Seu Psicólogo não pensará nada negativo sobre a pergunta e, muito provavelmente, responderá de maneira direta e cuidadosa.
Se o Psicólogo aceitar presentes
Se o seu Psicólogo aceitar presentes, você deve presenteá-lo com algo simples e barato, melhor se orientado para algo específico que você sabe que ele vai gostar.
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Fique longe de joias ou presentes com significado especial (para você ou para ele). Os melhores presentes refletem os gostos de quem recebe, não de quem o dá.
Se o Psicólogo não aceitar presentes
Visto que os presentes geralmente denotam um significado maior do que um cartão, alguns Psicólogos irão relutar em receber presente de um paciente ativo.
Na Psicologia, tais atitudes são ativamente desencorajados, não porque não sejam bem intencionados, mas porque confundem os limites aliança terapêutica.
Se ele não aceita presentes, então você pode oferecer apenas um cartão de Natal, por exemplo.
Novamente, você deve verificar primeiro com ele, pois muitos também não aceitam um cartão de seus pacientes.
Mas, como os cartões são trocados mesmo entre colegas de profissão, alguns Psicólogos podem estar mais abertos a aceitá-lo.
Não espere uma retribuição
Dar presentes ou cartões para o seu Psicólogo provavelmente será uma via de mão única. Muito poucos Psicólogos trocam presentes com seus pacientes, ou distribuem cartões para cada um deles.
Se você acha que ficará chateado pelo fato de o presente ou cartão não ser correspondido, então abra mão do presente.
Não fique desapontado se ele recusar dar presentes nesta temporada de festas. Essa tradição é geralmente mais bem compartilhada com amigos íntimos e familiares.
Palavras finais
Embora este artigo se concentre na oferta de presentes de Natal, ele também se aplica a aniversários (seu e do seu Psicólogo) e outras datas comemorativas.
Embora seja comum surgir a dúvida se você pode ou não dar um presente para seu Psicólogo, é importante saber que o relacionamento terapêutico é apenas profissional, mas que também pode haver exceções.
Então de modo geral, sim, você pode dar um presente ao seu Psicólogo desde que obedeça os seguintes critérios:
- Não contrarie o que está previso no Código de ética profissional do Psicólogo;
- Ele seja simples e barato;
- Suas intenções estejam restritas à datas comemorativas;
- Seu Psicólogo concorde em aceitar o presente;
- Você não espere algo em troca;
- Isso não se torne um hábito.
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