Uma descoberta consistente na psicologia é que, em média, as mulheres não gostam de sexo como os homens.
Elas expressam menor desejo sexual, querem menos parceiros sexuais ao longo da vida e são menos abertas ao sexo casual em comparação com os homens.
A razão dessa diferença de gênero na sexualidade constitui um dos grandes debates da Psicologia.
A qualidade é menor
Como geralmente acontece quando se trata de diferenças de grupo ou individuais, não há dúvida de que tanto a natureza quanto a criação tem seu grau de influência.
No entanto, há outra razão para a diferença. Quando homens e mulheres fazem sexo, as mulheres geralmente gostam menos do que os homens.
Assim, não é de admirar que as mulheres não gostam de sexo.
Há quatro razões pelas quais o sexo não é tão bom para as mulheres quanto para os homens:
Diferenças anatômicas
Os meninos são ensinados a segurar o pênis toda vez que urinam, para que aprendam rapidamente como o auto-toque é prazeroso.
As meninas, por outro lado, não precisam tocar seus clitóris em suas vidas diárias, então é menos provável que descubram o prazer de fazê-lo por conta própria.
Como adultas, elas têm dificuldade em atingir o orgasmo porque não sabem que precisam ser estimuladas, e até sentem vergonha de fazê-lo.
Além disso, a natureza penetrativa significa que elas são muito mais propensas a sentir dor do que os homens.
E, finalmente, são as mulheres que engravidam, o que é vivenciado como um fardo na melhor das hipóteses e como uma miséria absoluta na pior.
Violência sexual
Os homens geralmente são maiores e mais fortes do que as mulheres, e tendem a ser mais agressivos, por isso são menos propensos a serem vítimas de violência sexual.
Se alguém é sexualmente violentado, é natural que tenha cuidado ao ter relações novamente, mesmo com um novo parceiro que pareça seguro.
A preocupação com a segurança é uma razão comum para recusar uma oportunidade de sexo casual.
Enquanto as mulheres precisam sentir segurança antes de se sentirem sensuais, os homens se excitam mais pelo perigo potencial.
Duplos padrões sexuais
Embora as mulheres de hoje sejam mais liberadas do que há 60 anos, elas ainda recebem mensagens sobre como uma “boa menina” deve se comportar.
Isso certamente é verdade para encontros casuais, mas muitas ainda sentem culpa ou vergonha se se divertem demais durante o sexo.
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De acordo com o roteiro socialmente compartilhado, cabe ao homem iniciar a sedução caso sua parceira esteja disposta, por meio de preliminares que se concentram principalmente na construção de uma ereção.
Espera-se que a mulher tenha um orgasmo de alguma forma durante esse período também, embora o clitóris raramente seja estimulado durante o sexo com penetração.
De quem é a culpa?
Essa discrepância no desejo sexual se deve a diferenças inatas entre homens e mulheres.
Na natureza, os machos otimizam sua aptidão reprodutiva acasalando com muitas fêmeas e tendo o maior número possível de descendentes.
Como resultado, precisam ter maiores desejos sexuais e estarem mais abertos ao sexo casual.
As mulheres, em contraste, são limitadas no número de descendentes que podem produzir. Além disso, são elas que arcam com os custos da gravidez e da criação dos filhos.
Então, precisam ser exigentes sobre com quem acasalam, atrasando o início da relação até que estejam convencidas de que o homem ficará por perto para ajudar a cuidar dos filhos.
Essa discrepância no desejo sexual também se deve a fatores sociais. Especificamente, educamos de maneira diferente os meninos e as meninas adolescentes sobre a sexualidade:
- Os homens jovens são encorajados a conquistar as mulheres, e geralmente somos permissivos quando agem de acordo com seus impulsos sexuais. Os que são sexualmente ativos são celebrados como “garanhões”;
- As mulheres jovens são informadas de que boas garotas não demonstram interesse sexual, ou mesmo que não deveriam ter nenhum desejo. As que mostram muita ânsia por sexo são envergonhadas.
Palavras finais
Embora existam casais sexualmente educados que entendem como tornar o sexo prazeroso para ambos os parceiros, muitos casais pensam no sexo como algo que ela faz por ele.
Ou seja, ele tem um orgasmo, e ela tem o “prazer” de tê-lo agradado.
Também poucos casais praticam cunilíngua. Mesmo as que estão dispostas a fazer sexo oral em seu parceiro às vezes sentem vergonha ou desgosto ao recebê-lo.
Porém, sem estimulação suficiente do clitóris, é muito improvável que as mulheres atinjam o orgasmo.
Além disso, poucos casais se comunicam durante a relação. Eles veem a fala durante esse “ato animal” como desnecessário ou até inapropriado.
Além disso, homens e mulheres tendem a ser lamentavelmente ignorantes da anatomia sexual feminina e da mecânica de como o orgasmo feminino funciona.
Dado que as mulheres experimentam sexo pior do que os homens, não é surpreendente que elas queiram menos. Mas isso não tem que ser o caso.
A educação sexual abrangente e adequada à idade ajudará os adultos emergentes a entenderem como tornar os encontros sexuais divertidos e excitantes para ambos os parceiros.
Os seres humanos são, por natureza, criaturas altamente sexuais e, superando a ignorância e a desinformação que permeia nossa sociedade, tanto homens quanto mulheres podem alcançar o tipo de satisfação sexual que faz a vida valer a pena.
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