Se você já deu uma olhada na seção de agradecimentos de um bom livro descobrirá que ninguém faz sucesso sozinho.
Existem inúmeras pessoas nos bastidores, oferecendo suas habilidades, insights e conhecimentos. Mesmo nas realizações aparentemente individuais, pedir ajuda é necessário.
Como animais altamente sociais, nós humanos dependemos uns dos outros para aprender e crescer.
Ajudar os outros faz nos sentirmos bem, e a generosidade é uma importante adaptação evolutiva para nossa espécie.
Se estamos programados para o altruísmo, por que então é tão desconfortável pedir ajuda?
Em uma sociedade que elogia a auto-ajuda e a autoconfiança, está se tornando cada vez mais difícil para nós pedirmos a nossos colegas, amigos e até mesmo nossa família a assistência que precisamos.
O simples pensamento de pedir ajuda corrói o nosso ego, mina nossa confiança, faz questionar nossas habilidades e até nos paralisa de ansiedade.
No entanto, em um momento em que estamos mais conectados digitalmente e menos conectados emocionalmente, a dura realidade é que ninguém pode seguir sozinho.
Aprender a pedir, e aceitar ajuda, é uma das maiores habilidades que você precisa desenvolver. Felizmente, pedir e receber ajuda é muito mais fácil e menos assustador do que parece.
Mas primeiro, vamos examinar nossa relutância em tirar vantagem desse altruísmo evolucionário.
Por que é tão difícil pedir ajuda?
A principal razão é o medo. Tememos ser rejeitados, ridicularizados ou revelados como uma fraude.
Embora esses medos sejam geralmente infundados, detestamos pedir ajuda porque esse ato aparentemente simples traz vários riscos sociais:
- Rejeição;
- Vulnerabilidade;
- Diminuição de status e a;
- Renúncia do controle.
Diante dessas ameaças, o medo supera a razão. Esse risco de dor emocional ativa as mesmas regiões do cérebro que a dor física.
Outra razão pela qual pedir ajuda parece tão difícil é que somos péssimos em articular nossas necessidades de uma maneira que alguém possa oferecer ajuda construtiva.
Isso se deve em parte a um viés cognitivo chamado de ilusão de transparência, ou a crença equivocada de que nossos sentimentos, pensamentos e necessidades são óbvias para outras pessoas.
Esperamos que alguém perceba nosso pedido telepático de ajuda e, inevitavelmente, ficamos frustrados quando ninguém percebe.
Não é preciso dizer que, para receber ajuda, muitas vezes você precisa solicitá-la. Os altos riscos e a estranheza de pedir ajuda em nossa cultura altamente individualista representam obstáculos para muitos.
A melhor maneira de ficar mais à vontade para pedir ajuda é desenvolver essa habilidade.
5 dicas de como pedir (e obter) ajuda
Aqui estão algumas dicas simples para capacitá-lo a efetivamente pedir a ajuda de que precisa, e garantir que você receba um sim.
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Seja conciso e específico
Pedir e oferecer ajuda só pode ser produtivo sob uma condição crucial: comunicação clara. Tente comunicar sua solicitação da forma mais clara e concisa possível.
Não há necessidade de explicar demais. Simplesmente descreva qual é a tarefa, por que ela é importante e como a pessoa que você está pedindo pode contribuir.
Tente ser o mais específico possível para que ela saiba exatamente o que precisa fazer, e possa avaliar com precisão quanto tempo e energia a tarefa levará. Além disso, esteja disposto a negociar.
Deixe que eles decidam quanto apoio podem oferecer e tentem encontrar uma solução mutuamente benéfica.
Não se desculpe
Não se desculpe por pedir ajuda. Ninguém fica animado com uma tarefa pela qual o solicitante sente a necessidade de se desculpar.
Todos nós precisamos de ajuda às vezes, mas pedir desculpas faz parecer que você está fazendo algo errado ao perguntar. Nesse sentido, não minimize sua necessidade com frases como “Odeio perguntar…” ou “É apenas uma coisa pequena”.
Isso sugere que sua assistência é trivial e tira a sensação alegre de ajudar. Afinal, como devo me sentir se você “odeia pedir” minha ajuda?
Da mesma forma, não peça um favor. Isso leva as pessoas à se sentirem obrigadas em dizer sim.
Faça o pedido pessoalmente
Não peça ajuda por e-mail ou mensagem de texto. Embora seja mais fácil enviar um pedido por escrito, também é muito mais fácil dizer não a um.
Peça a ajuda pessoalmente ou ligue. Solicitações presenciais são 34 vezes mais bem-sucedidas. Torne sua solicitação mais pessoal, explicando por que as habilidades ou conhecimentos da pessoa a tornam especialmente adequada para essa tarefa.
Isso os coloca como uma pessoa útil e não apenas outra pessoa a quem você pode recorrer.
Quando a pessoa é convidada a “ser uma doadora generosa”, ela é mais propensas a dizer sim e doar quantias maiores.
Não enfatize a reciprocidade
Embora tenhamos a tendência de pensar que adoçar o negócio com a promessa de um favor retribuído é uma boa estratégia, esse tipo de linguagem faz com que sua solicitação pareça transacional.
As pessoas não gostam de se sentir em dívida com os outros, e os outros são mais propensos a ajudá-lo se você mostrar um apreço genuíno pela ajuda, em vez de atribuir um valor monetário a seus esforços.
Acompanhe os resultados
Além de expressar gratidão, você deve acompanhar o ajudante para compartilhar os resultados de sua ajuda.
Por mais que gostemos de pensar que atos de generosidade são sua própria recompensa, a realidade é que as pessoas desejam se sentir eficazes. Queremos sentir que o trabalho que fazemos e a ajuda que damos são importantes.
Aproveite o tempo para mostrar às pessoas que o ajudam por que o apoio delas não é apenas importante para você, mas como ela causa um impacto maior em sua vida, trabalho ou comunidade.
Palavras finais
Da próxima vez que você achar que precisa de ajuda, lembre-se de que há mais pessoas do que você pensa que estão ansiosas para ajudar.
Mais importante ainda, use essas sugestões para pedir de uma forma que ajude a colher os frutos da generosidade e da colaboração .
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